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Saúde Segunda-feira, 28 de Abril de 2025, 20:08 - A | A

Segunda-feira, 28 de Abril de 2025, 20h:08 - A | A

Queda de cabelo

Alopecia androgenética: entenda sobre prevenção, sintomas e tratamento para queda excessiva de cabelos 

Franceane Oliveira, médica dermatologista da faculdade especializada BWS explica a condição e elucida mitos e verdades sobre o problema

Divulgação

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A queda abrupta e contínua de cabelos ou pelos do corpo merece atenção especial como questão de saúde, e não meramente como um problema de cunho estético. Chamada de alopecia androgenética, está relacionada a diferentes causas, desde fatores genéticos até doenças autoimunes, hormonais ou infecciosas.
 
Estima-se que até 50% dos homens e 40% das mulheres terão algum grau de alopecia androgenética ao longo da vida. Globalmente, milhões de pessoas convivem com formas diversas de alopecia, sendo uma das queixas dermatológicas mais frequentes nos consultórios. 

A médica dermatologista da faculdade BWS, referência em pós-graduação médica, em diversas áreas, como Dermatologia e Tricologia, Franceane Oliveira explica a diferença entre alopecia androgenética e calvície feminina: “A principal diferença está no termo e na causa da queda de cabelo. Alopécia androgenética é caracterizada por perda progressiva dos fios na região frontal e no vértice devido alterações hormonais e predisposição genética”, explica. “Calvície é um termo genérico para a queda de cabelo. Nas mulheres, o termo mais adequado seria alopecia androgenética feminina”, complementa. 

Quando constatada, a alopecia corresponde a um sintoma que pode fazer parte de um grupo de doenças, que podem ser de origem inflamatória, autoimune, genética ou endócrina. “Seus principais sinais e sintomas incluem afinamento dos fios, rarefação capilar, aumento da queda visível (no travesseiro, banho ou escova), coceira, ardência, vermelhidão ou descamação, dependendo da causa”, detalha Franceane. 

Procurar um médico dermatologista diante dos primeiros indícios pode fazer toda a diferença no tratamento da alopecia, já que ele é o profissional habilitado para diagnosticar, tratar e prevenir os diferentes tipos de alopecia. O especialista faz o diagnóstico clínico, com base no histórico do paciente e em exame físico. Porém, em casos específicos, exames laboratoriais, biópsias ou testes hormonais podem ser necessários para confirmar o tipo de alopecia e descartar doenças associadas. 

 

Prevenção 

No geral a prevenção do problema se baseia na manutenção de alimentação equilibrada, evitar estresse crônico, cuidado com tração capilar excessiva, evitar excesso de químicas ou calor e, sobretudo, fazer o controle hormonal, além de uma avaliação médica regular. Já mulheres com a Síndrome dos Ovários Policísticos, por exemplo, devem ter atenção especial ao problema, isto porque o controle da doença melhora a queda capilar. 

  

Tratamentos 

De acordo com a médica, há opção de tratamentos mais simples como os de uso tópico e comprimidos, até tratamentos mais específicos, como a aplicação de medicamentos diretamente no couro cabeludo e, em último caso, o transplante capilar. Corticoides e imunossupressores podem ser prescritos e também podem ser feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A médica explica, ainda, que hoje já existem terapias mais avançadas, como MMP/Micro infusão de Medicamentos na Pele e transplante capilar). “A avaliação médica é fundamental para determinar o tratamento mais adequado”. 

 

Cuidados simples 
Em casa ou no salão de beleza, dicas simples podem ajudar a evitar a ampliação do problema. Por exemplo, o uso dos penteados com tração (tranças, megahair, laces: perucas que imitam o couro cabeludo), podem agravar pessoas com predisposição ao problema. “O uso consciente, com pausas e alívio da tração, é fundamental. Já perucas sem tração e laces com fixação leve são opções seguras em casos de perda capilar avançada”, orienta a médica. 

A dermatologista alerta que o calor excessivo no uso dos secadores de cabelo ou chapinhas danifica a haste do fio e pode agravar a quebra, dando a falsa impressão de queda. “Embora não causem alopecia diretamente, seu uso frequente, sem proteção térmica, pode comprometer a saúde capilar e acentuar o afinamento dos fios em quem já tem predisposição”. 

  

Dra. Franceane, médica dermatologista da faculdade BWS, responde: mitos e verdades sobre alopecia: 

Lavar muito o cabelo facilita a queda – Mito. A lavagem adequada ajuda a remover oleosidade e sujeira que poderiam prejudicar o crescimento. 

Se não cortar as pontas, o cabelo cai mais – Mito. Cortar as pontas melhora a aparência, mas não interfere na queda. 

Prender o cabelo com força prejudica a raiz – Verdade. Tração excessiva pode levar à alopecia por tração. 

Uso excessivo de química prejudica a condição –  Verdade. Danifica o fio e o couro cabeludo. 

Hidratar o cabelo evita queda –  Mito. Hidratação melhora o aspecto do fio, mas não previne queda de origem médica. 

 

 

Sobre a BWS

A faculdade BWS é referência em pós-graduação médica, em diversas áreas, como Dermatologia, Endocrinologia, Nutrologia, Medicina Estética, Esportiva, Psiquiatria com Prática Clínica, e Psiquiatria da Infância e da Adolescência. Com mais de 30 anos de atuação no mercado, tem reconhecimento pelo MEC e convênios com universidades, instituições públicas e privadas. 

Sobre Franceane Oliveira 

Médica dermatologista da faculdade BWS, do Grupo Primum, é membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, atua na assistência, docência e pesquisa com foco em doenças de pele e cabelos. Atualmente é professora, coordenadora da pós-graduação em dermatologia e orientadora de trabalhos científicos na Faculdade BWS/Primum. 

 




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